quarta-feira, 18 de abril de 2012

HEMOFILIA

Nelma Pereira de Santana é gastroenterolista,endoscopista e pesquisadora do Núcleo de Hepatologia da Universidade Federal da Bahia. Sete em cada 10 pessoas com hemofilia têm hepatite C:Nelma Pereira de Santana. A Federação Mundial da Hemofilia (FMH) estima que em todo o mundo, uma em cada mil pessoas têm distúrbio hemorrágico hereditário,popularmente conhecido como hemofilia.No entanto 75% da população ainda não recebe tratamento.No Brasil segundo dados do Ministério da Saúde,atualmente 15 mil portadores da doença são assistidos pela rede pública de saúde(recebem medicamentos pelo SUS,incluindo aqueles que possuem convênio e planos de saúde ou que recorrem ao sistema privado de saúde) Deste total de pacientes, 10.464 são cadastrados como hemofílicos A e B. Quase todos os pacientes como hemofilia que,até meados de 80, receberam tramento dom concentrados de fatores de coagulação(transfusão de sangue)foran infectados pelo HCV,vírus causador da hepatite C,doença que em 80% evolui para a fibrose e cirrose.Vale ressaltar que o risco de cirrose é mais elevado em pacientes de meia idade (a partir dos 40 anos) e expostos a um maior tempo de infecção (de 10 a 30 anos).Outro fator agravente e específico da hemofilia é a coinfecção pelo HIV, o qual contribui consideravelmente para o risco de progressão da cirrose e evolução para a descompensação da doença hepática.Realizamos recentemente em Salvador (BA), um estudo feito com 339 pacientes hemofílicos.Das 268 pessoas que fizeram o teste para detecção do HCV, 113 (42,2%) delas tinham hepatite C, sendo que 74% portadoras do genótipo 1 da doença.Ao contrário do que se apregoam,verifou-se que os pacientes hemofílicos apresentaram a mesma tolerância que não hemofílicos ao tratamento com terapia pafrão (peguiterferona e ribavirina)para a hepatite C. Portanto,acreditamos que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para garabtir a qualidade de vida destes pacientes.

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