sexta-feira, 6 de abril de 2012

SILENCIOSA E SILENCIADA

RADIS COMUNICAÇÃO E SAÚDE-FIOCRUZ Com mais impacto na saúde pública do que a aids,a hepatite C,doença que ataca o fígado e não apresenta sintomas,ainda é cercada pelo desconhecimento. DIAGNÓSTICO-Um dos principais desafios na atenção à hepatite C é o diagnóstico:a maioria das pessoas infectadas não sabe que tem o vírus.O surgimento de sintomasé raro, daí de ser classificada como doença silenciosa.Quando aparecem , os sintomas são inespecíficos:cansaço,tontura,enjoo e?ou vômitos,febre,dor abdominal,pele e olhos amarelados,urina escura e fezes claras. "Por ser uma doença assintomática e silenciosa,pode evoluir por 10,20,30 anos sem que o paciente apresente sintomas.Ele acaba não procurando atendimento médico e,quando tem ciência da doença, já está em estágio muito avançado,com cirrose hepática ou câncer de fígado".Quanto mais cedo se diagnostica, mais opções de tratamento e mais chance de cura". TESTE RÁPIDO-Um hemograma completo não indica a presença de hepatite.É preciso passar por um exame anti-HCV e confirmá-lo por métodos mais precisos.O acesso a esses exames,no entanto, não é fácil no Brasil."O teste rápido para HIV é muito comum,mas o das hepatites B e C é difícil de ser encontrado no SUS,mesmo se tratando de uma doença assintomática não detectável no hemograma",aponta Carlo Varaldo,do Grupo Otimiamo.Francisco Inácio Bastos lembra que há muitos anúncios para testagem de aids,mas nunca uma mobilização compatível para a testagem da hepatite C:Vai se formando a cultura do silêncio,um pacto de não se falar sobre a doença".A dificuldade do diagn´stico se reflete no acesso ao tratamento,Doa 600 mil infectados pelo HIV,70% deles estão diagnosticados e 200 mil em tratamento. Dos 3 milhões de infectados pela hepatite C-"em um cálculo otimista",segundo Carlos Varaldo-apenas 11,5 mil estão em tratamento. a proporção,na aids, é de 1 em cada 3 tratamentos:na hepatite C, de 1 a cada 290."É uma disparidade muito grande",critica.Um passo para mudar esse quadro foi a decisão do Ministério da Saúde de oferecer testes rápidos para a fretecção das hepatites B e C, a partir de agosto de 2011 inicialmrntr nos CTA das capitais,estruturas criadas para a aids,com previsão de chegarem a unidades básicas de saúde."O teste rápido não é bom somente por ser rápido:ele não exige equipamentos e pessoal especializado,é prático,de simples execução". DEBAIXO DO TAPETE-Para o representante dos pacientes Carlos Varaldo,o Ministério da Saúde "esconde a doença debaixo do tapete".A face mais visível para o público desse cenário,segundo Varaldo, é a quantidade de campanhas sobre aids divulgadas pelo ministério em comparação com as sobre hepatites-muito mais frequentes e numerosas.O pesquisador Francisco Inácio Batista observa que uma fusão demanda parceiros em situação parecidas para funcionar bem, o que de acordo com ele não é o caso."Há um parceiro rico,o HIV, e o parceiro pobre a hepatite, o que gera uma relação complicada.

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